(Do site Aquidauananews.com)
Terça-feira, dia 19 de Outubro de 2010 às 07:40hs
Os desvios de recursos públicos na Prefeitura de Dourados chegariam a R$ 25 milhões, de acordo com relatório da Controladoria Geral da União (CGU) anexado ao inquérito da Polícia Federal na Operação Uragano.
Pelos cálculos da CGU, o prefeito afastado Ari Artuzi teria desviado o dinheiro em 53 contratos firmados pelo município. Os contratos somam recursos de R$ 135 milhões.
Deste total, 36 apresentaram irregularidades, com R$ 25 milhões desviados da finalidade, sendo R$ 20 milhões com superfaturamento nas licitações para compra de remédios, materiais para atendimento à população em hospitais e postos de saúde, operação tapa-buraco e pavimentação asfáltica.
Segundo a Polícia Federal, foram examinados contratos de janeiro de 2009 a agosto de 2010, período em que Artuzi ficou à frente da prefeitura de Dourados. Os documentos reforçam as provas coletadas pela Polícia Federal na Operação Uragano. .
3 comentários:
Caro Edilvo, você postou uma notícia que eu queria ter postado no Observatório.
Esse tipo de situação é bastante comum. Infelizmente, a Controladoria-Geral da União não tem condições de fiscalizar todos os municípios. Contudo, é bom lembrar que, se alguns gestores fossem minimamente honestos, não seriam necessárias essas fiscalizações.
Com isso, chamo atenção para um ponto. Todos nós culpamos a União por não gastar o suficiente na área de Saúde. Contudo, nos esquecemos de que boa parte desses recursos se perdem pelo caminho. Aqui, é importante lembrar que a corrupção não é culpa da União, mas sim de agentes públicos dos milhares de municípios.
Este é um caso a pensar. Há eficiência na gestão dos recursos públicos? Quem são os culpados? É justo imputar culpa somente à União?
Agora, parabéns pela postagem! Esse mal ocorre em quase todos os municípios. Em Araguari, não é diferente. Por enquanto, digamos, que o Novo Modelo de Administração está "dando sorte" de não ter baixado aí uma auditoria. Contudo, cabe um aviso: se continuarem o péssimo serviço e as reclamações, será inevitável a atuação da Controladoria-Geral da União, provavelmente mediante provocação de cidadãos descontentes.
Fiz uma salada no comentário, mas tenho certeza de que serei perdoado pelo moderador.
Marcos, é fato que os desvios ocorrem, principalmente em esquemas de licitação.
A par disso, o orçamento do ministério da saúde esta muito defasado. A insuficiência orcamentária impede investimentos em infraestrutura física e equipamentos, gerando a continuada e excessiva dependência do poder publico em relação aos serviços privados, além de inibir também melhor remuneração aos servidores.
Quanto à corrupção, seria em boa parte evitada, SE as câmaras municipais exercessem, de fato, sua atribuição de fiscalização. Por exemplo, acompanhando os processos licitatórios e a execução dos contratos.
Vide caso Hospital Municipal de Araguari.
Pelo visto, é mais fácil esperar que a vaca voe; ou tussa.
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