DISTRITO FEDERAL-Publicação do portal BV News, 23 de novembro de 2010
O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) afirmou que a saúde pública no Brasil é ruim não por falta de dinheiro para o setor, mas devido à corrupção e à má gestão praticada pelos dirigentes da área. Ele disse que, como médico, ex-diretor de hospital e ex-secretário de Saúde, pode garantir que o problema não é falta de recursos.
"O que falta é vergonha na cara de quem dirige o setor de saúde, de quem é responsável, a começar pelo prefeito, pelo governador, pelo presidente da República, de cobrar realmente que a saúde seja tratada de maneira séria", afirmou Mozarildo.
Para exemplificar sua afirmação, o parlamentar citou reportagens publicadas recentemente pelo jornal Folha de Boa Vista sobre cerca de duas toneladas de medicamentos que foram encontrados enterrados em um aterro sanitário no município de Rorainópolis, no sul do estado de Roraima. Além de não ser a destinação correta de descartes hospitalares, disse o senador, as fotos do jornal mostram que boa parte dos remédios ainda estava dentro do prazo de validade.
"Eu fico indignado como cidadão - como médico mais ainda - de ver como se comete um tipo de roubo, de corrupção, com um medicamento que se destina ao pobre, que é quem se serve do serviço público", disse.
Mozarildo lembrou já ter denunciado da tribuna do Senado outras irregularidades na área da saúde em Roraima, como compra de remédios sem licitação, superfaturamento e falsificação de prontuários. O senador disse que ele e outras pessoas do seu estado já sofreram ameaças de morte devido a essas denúncias.
Em aparte, o senador Paulo Paim (PT-RS) elogiou a coragem do colega em denunciar casos de corrupção em Roraima e disse que a saúde pública no Brasil está realmente em uma situação difíci.
"O que falta é vergonha na cara de quem dirige o setor de saúde, de quem é responsável, a começar pelo prefeito, pelo governador, pelo presidente da República, de cobrar realmente que a saúde seja tratada de maneira séria", afirmou Mozarildo.
Para exemplificar sua afirmação, o parlamentar citou reportagens publicadas recentemente pelo jornal Folha de Boa Vista sobre cerca de duas toneladas de medicamentos que foram encontrados enterrados em um aterro sanitário no município de Rorainópolis, no sul do estado de Roraima. Além de não ser a destinação correta de descartes hospitalares, disse o senador, as fotos do jornal mostram que boa parte dos remédios ainda estava dentro do prazo de validade.
"Eu fico indignado como cidadão - como médico mais ainda - de ver como se comete um tipo de roubo, de corrupção, com um medicamento que se destina ao pobre, que é quem se serve do serviço público", disse.
Mozarildo lembrou já ter denunciado da tribuna do Senado outras irregularidades na área da saúde em Roraima, como compra de remédios sem licitação, superfaturamento e falsificação de prontuários. O senador disse que ele e outras pessoas do seu estado já sofreram ameaças de morte devido a essas denúncias.
Em aparte, o senador Paulo Paim (PT-RS) elogiou a coragem do colega em denunciar casos de corrupção em Roraima e disse que a saúde pública no Brasil está realmente em uma situação difíci.
COMENTÁRIO DO BLOG:
o senador tenta simplificar uma questão por demais complexa, "jogando para a torcida" e repetindo o refrão do governo federal. A corrupção existe em todas as áreas da administração pública; inclusive na saúde; e deve ser combatida. Porém, os valores per capita repassados pelo Ministério da Saúde aos municípios são insufucientes para fazer frente à demanda gerada por seus colegas médicos, muitas das vezes de forma irresponsável, sem a devida investigação clínica, gerando alto número de pedidos de exames especializados (caros e realizados em suas próprias clínicas particulares) e internações evitáveis; sobre esta questão o médico/senador não joga os holofotes, claro.
Se o senador prestar atenção ao que diz outro ex-gestor da saúde, de razoável respeitabilidade (Adib Jatene) talvez repense sua postura demagógica e típica de político sem compromisso com as políticas públicas. Ou então, que convide para clarear suas idéais, outro médico especializado em economia da saúde: Gilson de Carvalho.
Que tal, ainda, o médico/senador empunhar a bandeira de um maciço investimento federal em infraestrutura de saúde, para implantar pelo país afora serviços públicos eficientes, com o devido provimento tecnológico e de pessoal (via concurso público)? Ele se habilitaria??
Em tempo: qual terá sido, nos últimos 07 anos, a posição do senador em relação à regulamentação da Emenda Constitucional 29, que mofa nos escaninhos do Congresso Nacional ?