sábado, 13 de outubro de 2012

Projeto NOVA VISÃO: um cidadão cuidando do futuro de jovens

Na manhã de sábado (13 outubro) a convite do amigo JOÃO CARLOS DE ALMEIDA, visitei a garotada do "PROJETO "NOVA VISÃO".


                                        João Carlos fala com a garotada...

Funcionando há cerca de 1 ano, o projeto tem  como base uma escolinha de futebol destinada a meninos que não têm condição financeira de pagar escolinhas particulares. O trabalho é realizado no bairro Miranda, no campo do Flamengo, sob condições materiais precárias, porém com imensa boa vontade do João Carlos e com ajuda de um preparador físico.


                            Treinamento físico no campo do Flamengo...

O diferencial do projeto, sem dúvida, é o foco na prevenção contra as drogas.

A pedido do João Carlos, falei com a garotada sobre minha experiência de vida. A importância dos estudos, das boas companhias, da disciplina, do respeito à autoridade em todo trabalho de equipe, do cuidado permanente com a boa forma física e mental, com a adoção de bons hábitos diários, e a fundamental necessidade de se manter longe das drogas.



                                    João Carlos e os meninos


Relatei aos garotos a vida difícil na minha infância, e os progressos que consegui através dos estudos, da relação saudável com o futebol, que me proporcionou grandes amigos, muitas vitórias e uma ótima condição física e de saúde.

Relatei, ainda, a experiência como sargento do Exército e secretário de saúde e como bons hábitos (inclusive evitar as drogas) garantem uma vida saudável e sem doenças.

Não existe forma mais produtiva e gratificante de aproveitar um feriado prolongado. Se cada um doar um pouco, por menor que seja, de si a projetos como esse do João Carlos, seguramente estaremos garantindo um futuro melhor às nossas crianças e uma sociedade mais fraterna e justa.

   Depois do treinamento e nossa da "falação" um lanche pra garotada...

SUS: a luta contra a obesidade mórbida

UFU prevê aumento em espera por cirurgia bariátrica
Fernando Boente - Repórter do CORREIO DE UBERLÂNDIA

O Ministério da Saúde anunciou, na última quinta-feira (11), a diminuição de 18 para 16 anos a idade mínima para se conseguir uma cirurgia bariátrica custeada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No Triângulo Mineiro, o único hospital credenciado para realizar o procedimento é o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), onde há uma fila de espera de 800 pessoas.




Com a determinação do Ministério da Saúde, a demanda deve aumentar, mas o HC-UFU ainda não tem previsão para o aumento da capacidade de atendimento. Não é possível prever, segundo a assessoria de comunicação do hospital, qual será o inchaço provocado pela decisão governamental, que foi baseada em estudos que apontam o aumento crescente da obesidade entre os adolescentes.

O primeiro passo para que o atendimento possa ser expandido pelo HC-UFU seria conseguir uma autorização para aumentar o número de procedimentos realizados mensalmente. Somente oito cirurgias mensais são garantidas atualmente nos três leitos do centro cirúrgico específicos para a intervenção. Por consequência, o número de profissionais e os leitos teriam que ser ampliados.

Também segundo a assessoria, a direção não tem condições de aumentar o quadro multidisciplinar de profissionais que analisa os pacientes obesos nem destacar nova área física para atender à situação de imediato. Mas uma avaliação de como isso poderá ser feito no futuro ocorrerá quando a reforma do bloco cirúrgico do hospital, iniciada no começo de 2012, terminar.

Além da redução da idade mínima para se fazer a cirurgia bariátrica pelo SUS, o Ministério da Saúde também determinou mudanças, conforme consulta pública nº 12, de 24 de setembro de 2012, em outros quesitos técnicos para a intervenção.


Fica permitido, por exemplo, o chamado “sleeve” ou gastroplastia vertical em manga. O novo procedimento bariátrico tem recebido aceitação global, com bons resultados em centros de vários países. Outra novidade será a permissão de uma nova técnica de cirurgia plástica pós-operatório.

Permanecerá a orientação de utilizar a cirurgia bariátrica, no SUS, como último recurso para perda de peso. Antes da cirurgia, o paciente entre 16 e 65 anos deve ter sido acompanhado por uma equipe multidisciplinar durante dois anos. As cirurgias ocorrem somente em pacientes que têm o Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 40 kg/m² ou acima de 35 kg/m² se apresentar doenças como diabetes, hipertensão, entre outras.


Aumento


A decisão do Ministério da Saúde de ampliar a faixa etária para cirurgia bariátrica pelo Sistema Único de Saúde (SUS) foi baseada, sobretudo, na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) 2009, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). O estudo verificou que 21,7% dos brasileiros entre 10 a 19 anos apresentavam excesso de peso. Em 1970, este índice era de 3,7%.

Em Uberlândia, médicos que atuam na área afirmam que o aumento de pacientes nesta faixa será perceptível, mas ainda não pode ser mensurável.
Segundo estimativas, no Hospital de Clínicas da UFU e nos dois únicos hospitais particulares onde se realiza o procedimento, são feitas 70 cirurgias mensais em Uberlândia. “A tendência é que haja um aumento anual de 50% (na faixa etária de 16 a 18 anos). Isso porque é um problema cultural e comportamental. Hoje, as pessoas e crianças consomem comida industrializada em excesso e gastam poucas calorias”, afirmou o cirurgião Luis Augusto Mattar.

Luiz Augusto Mattar, cirurgião do HC-UFU


Exemplo

Considerado um problema cultural, a obesidade não pode ser resolvida somente com a cirurgia bariátrica, alertam especialistas. “O obeso tem que entender que ele terá que mudar o estilo de vida. Se ele não se readequar definitivamente após a cirurgia, poderá engordar novamente, ficar desnutrido ou ter deficiência de algum nutriente”, afirmou o endocrinologista Joel Heitor Filho.


Davi Fuzaro Melo passou pela cirurgia


O estudante Davi Fuzaro Melo, hoje com 18 anos, lembra quando teve de recorrer à rede de saúde privada aos 16 anos, quando o SUS ainda não atendia à sua faixa etária, para perder parte dos 157 kg. “A minha sorte é que tinha plano de saúde para cobrir o alto preço da cirurgia. Agora, tenho 93 kg e, além de controlar alimentação, jogo futebol americano para me manter”, afirmou. Uma cirurgia bariátrica no Brasil custa entre R$ 12 mil e R$ 24 mil.