quinta-feira, 29 de abril de 2010

PARCERIAS NA SAÚDE

Fonte: jornal Correio de Araguari

"Parceria com a Santa Casa garante o atendimento pelo SUS de UTI’s neonatal e adulto em Araguari, o que não havia antes. Pareceria com a UNIPAC, em seu Hospital Escola (antigo Hospital santa Marta) garante ampliação do atendimento ambulatorial e outros a toda a população. Parceria com o Governo do Estado vai construir a nova Policlínica de Araguari, com investimentos de mais de 2,5 milhões de reais. Projeto de reforma e ampliação do Pronto Socorro Municipal já está pronto, à espera de solução para a necessária interrupção temporária de seu funcionamento."
 
Nota do blog:
Boas novas. A lamentar apenas o reiterado esforço do jornal, que assume ares de diário oficial, em transformar notícias em proselitismo político.
O periódico erra quando diz "...garante o atendimento pelo SUS de UTI's neonatal e adulto em Araguari, o que não havia antes."
Longe de querer defender ou atacar este ou aquele governo, cabe esclarecer que a UTI neonatal foi inaugurada no dia 23.09.2005 e, desde então, atende pacientes pelo Sistema Único de Saúde, também conhecido como SUS. Quanto às internações em UTI adulto, sempre foram feitas pelo SUS, dentro da capacidade instalada. Já a UTI adulto instalada na Santa Casa, foi viabilizada em 2007, através da gestão integrada entre Secretaria Municipal de Saúde, Santa Casa e Secretaria de Estado da Saúde. Anteriormente, não ocorriam internações pelo SUS na UTI da Santa Casa pelo prosaico motivo de que ela não existia.
Entretanto, politicagem à parte (e bem distante, se possível) cabe parabenizar o governo municipal pelos esforços empreendidos em relação à saúde pública.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

CHICO XAVIER: O MENSAGEIRO DA PAZ

(artigo publicado em minha coluna semanal "Painel", no jornal "Diário de Araguari", em 27.04.2010)


Todo o país comenta sobre a película “Chico Xavier – O filme”. Espero passar a furor da estréia e saborear o filme calmamente, da mesma forma serena como Chico conduziu sua missão terrena.

Na minha modestíssima trajetória profissional, no início dos anos 1990 o destino nos levou, a mim e minha família, a residir em Uberaba, no alto do bairro Fabrício. Ali fiz inúmeros amigos e por três anos trabalhei no comércio de suprimentos para copiadoras e aparelhos de fax, que haviam chegado ao mercado recentemente.

Em 1992, quis o destino me pregar uma peça e me proporcionar o mais rico e inebriante momento de minha vida. Estava eu na empresa, quando certo empresário da cidade me telefonou e indagou o preço do aparelho de fax. Fechado o negócio, fui orientado a instalar o equipamento da residência de Chico Xavier, na Rua Dom Pedro I, no bairro Parque das Américas.

Meio atordoado, fiz questão de me incumbir pessoalmente da tarefa. Na data e horário agendados com seu filho adotivo, Eurípedes, cheguei à modesta casa. Fui atendido por Eurípedes, que me conduziu a um cômodo inundado por livros, onde instalei o aparelho de fax e, pacientemente, orientei sobre o funcionamento da novidade.

Terminada a tarefa profissional, indaguei a Eurípedes se Chico Xavier estava em casa e se eu poderia avistá-lo. Eurípedes assentiu e me conduziu à modesta cozinha, onde Chico se encontrava sentado à mesa, sozinho e meio que absorto nas próprias reflexões. Entre ansioso, emocionado e trêmulo me apresentei ao grande médium que me convidou a sentar consigo, o que fiz após beijar sua mão e seu rosto.

Dezoito anos passados daquele momento mágico, lembro-me como se fosse hoje do início de nosso diálogo. Disse a Chico que era uma honra estar ali, em sua casa, e conhecê-lo pessoalmente. Serenamente, com um sorriso estampado no rosto, Chico respondeu que a honra era dele em me receber em sua modesta morada. Conversamos, a sós, cerca de meia hora. Foram os trinta minutos mais iluminados que pude vivenciar. Tive a clara certeza de estar muito, mas muito mais perto de Deus do que já pudera estar.

Ao me despedir, pedi que Chico autografasse meu exemplar de “O evangelho segundo o espiritismo”, que mantenho desde então com sua linda dedicatória. E deixei aquela casinha modesta, que sequer laje possuía, com a certeza de que minha vida havia sido abençoada para sempre.

Não, não... não se trata de falar em conquistas materiais, que de resto não as tive. A realização do ser humano não se dá na medida que muitos julgam adequada, recheada de coisas e hipocrisias e por vezes vazia de harmonia, respeito ao semelhante e paz na consciência.

Aquele contato com Chico Xavier inundou meu espírito de força, suficiente para enfrentar as intempéries que viriam vida afora - e como vieram! Eis que, quatro anos atrás, nos piores momentos que até hoje pude vivenciar, um dia me indagaram como eu conseguia me manter sereno, apesar de tudo.

Devolvi ao interlocutor apenas um leve sorriso, para que ele mesmo buscasse a compreensão.

edilvomota@hotmail.com

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