sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Imazon registra 170 km² de floresta desmatada em setembro na Amazônia

03/11/10 - 15h00 - Atualizado em 03/11/10 - 16h06 - Do Globo Amazônia, em São Paulo


Devastação teve redução de 21% se comparada a mesmo mês de 2009.
Área equivale ao tamanho de 106 Parques do Ibirapuera, em São Paulo.

O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), organização que faz um levantamento paralelo ao oficial da devastação na região amazônica, registrou em setembro o desmatamento de 170 km² de floresta, considerando apenas áreas com supressão total da floresta, onde o solo fica exposto.
A área detectada equivale a 106 vezes o tamanho do Parque Ibirapuera, em São Paulo, ou a pouco mais que 4 vezes o tamanho do Parque Nacional da Tijuca, no Rio. Só em agosto, haviam sido detectados 210 km² de devastação na Amazônia Legal, que engloba os estados do Norte, mais Mato Grosso e parte do Maranhão.


De acordo com o Imazon, a devastação registrada em setembro representa redução de 21% em relação ao mesmo período de 2009. No ano passado, a área desmatada somou 216 km² para o mês de setembro.
O Mato Grosso registrou 48% do desmatamento observado para setembro de 2010, segundo o Imazon. O estado também teve as cidades com maiores índices para o período. Os dois municípios que mais desmataram em setembro foram Colniza (16,8 km²) e Feliz Natal (15,4 km²), ambos em Mato Grosso, que ainda tem mais 4 cidades entre as 10 com mais desmatamento no período.
Pará foi o segundo estado com mais desmatamento no período, correspondente a 18% do total, seguido de Rondônia (14%), Amazonas (11%), Acre (7%), Roraima (1%) e Tocantins (1%).

O relatório também indicou degradação florestal de 500 km² em setembro, relativo a áreas intensamente exploradas pela retirada de madeiras ou por queimadas. Se somada ao mês de agosto, que completa o primeiro bimestre do calendário oficial de desmatamento, a degradação na Amazônia Legal foi de 2.055 km², representando aumento de 213% em relação ao valor registrado no mesmo período de 2009, quando foram observados 657 km² de degradação. Segundo o Imazon, o aumento é "extremamente expressivo".
Por conta da cobertura de nuvens em setembro de 2010, foi possível monitorar 83% da área da Amazônia Legal. A região não mapeada equivale a região amazônica do Maranhão e a áreas no Acre, Amazonas, Roraima, Amapá e Pará

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

CPMF pode voltar 'em parte ou totalmente'

http://g1.globo.com/politica/noticia/2010/11/eduardo-campos-diz-que-cpmf-pode-voltar-em-parte-ou-totalmente.html

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), afirmou nesta quinta-feira (4) que considera que a CPMF pode ser recriada, total ou parcialmente, para ajudar no financiamento da saúde. Ele se reúne com políticos eleitos e reeleitos do PSB em Brasília. Na noite desta quarta (3), ele esteve em reunião com o coordenador-geral da equipe de transição de Dilma Rousseff e presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra.

"Se precisar reestabelecer, em parte ou totalmente, a CPMF, vamos fazer isso, porque depois que caiu a CPMF, eu não vi baixar preço de nada", disse. Segundo ele, o retorno do imposto garantiria em torno de R$ 30 bilhões para a saúde, o que mesmo assim não seria suficiente. "Calcula-se que o subfinanciamento da saúde no Brasil chega a R$ 51 bilhões hoje".

Ele ressaltou problemas decorrentes do subfinanciamento. "Ou se discute a questão do financiamento da saúde, ou muitas pessoas vão estar morrendo. Tem municípios fechando serviços públicos por incapacidade de manter, os hospitais mantidos pelos estados estão cada vez tendo mais problemas de financiamento, de superlotação, e essa é uma questão que está na ordem do dia. Nós precisamos discutir, sim, qual vai ser a solução", declarou.

Extinção da CPMF foi 'ignorância sem precedentes’, diz Lula

Já Cid Gomes (PSB), governador do Ceará, defendeu a regulamentação da Contribuição Social para a Saúde (CSS). "Nós defendemos que há a necessidade de um financiamento específico para a saúde. E tramita no Congresso Nacional um projeto que regulamenta a emenda 29 e diz qual é a participação de cada ente da Federação, municípios, estados, percentual que deve ser gasto e a União. A União precisa ter um recurso a mais, e esse recurso está lá proposto como a CSS", afirmou.

Segundo ele, a contribuição que seria descontada em transações bancárias é um "sacrificio muito pequeno para boa parte dos brasileiros que usam banco em nome de uma grande maioria dos brasileiros que têm péssimo serviço na área da saúde". Cid Gomes também ressaltou a importância de se fazer uma reforma tributária, por conta da grande quantidade de impostos no Brasil.

Ricardo Coutinho (PSB), governador eleito da Paraíba, também defendeu a CSS, porém com ressalvas. "Eu defendo a regulamentação da emenda 29 e o maior aporte de recursos para a saúde, desde que esses recursos tenham a garantia de que não sairão por outra porta, que eles tenham garantia de repasse para estados e municípios"", afirmou.

Renato Casagrande (PSB), governador eleito do Espírito Santo, concorda que há pouco dinheiro para a saúde, mas defendeu que haja paciência. "Temos que esperar a reunião de governadores com a presidente Dilma. Ela não disse que vai criar, vamos conversar e ver quais são as alternativas. Vamos esperar todos nós assumirmos para que a gente possa tomar uma decisão com relação ao financiamento da saúde, que tem que aumentar", declarou

domingo, 31 de outubro de 2010

O factóide e os fatos...

"NO CAMINHO
Ao contrário dos antecessores, a Secretária de Saúde, Iara Borges, vem tomando medidas importantes sobre a Dengue. A Secretária vem se reunindo com diversas áreas para discutir o assunto". (coluna "Curtas", no jornal Diário de Araguari em 31.10.2010.)

Com esta nota a coluna "Curtas" comete um deslize crasso, que merece reparos deste humilde blogueiro.

Como a coluna não delimitou um lapso temporal, e sendo eu um dos antecessores da nobre secretária (com s minúsculo mesmo) anoto algumas observações, para clarear o assunto.

Servi ao município, como secretário municipal de saúde, no período de janeiro/2005 a março/2008. Mesmo fazendo parte de um governo que não tinha maioria na Câmara, mesmo não contando com a simpatia da maioria dos órgãos de imprensa e mesmo não tendo padrinho (nem madrinha) na Câmara Municipal, para garantir minha permanência no cargo, exerci minhas funções com probidade e profissionalismo, notamente no aspecto atinente ao respeito aos servidores da saúde e à saúde coletiva.

Ao contrário do que afirma a coluna "Curtas" durante minha gestão todas as medidas preventivas contra a dengue foram tomadas no tempo necessário; o que tornou, sem dúvida, desnecessárias ações espetaculosas para semear pânico entre a população. Outrossim, as ações junto à comunidade foram, sim, tomadas; especialmente junto aos presidentes de associações de moradores, as escolas e às rádios AM, visando à orientação da população sobre as medidas para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

A diferença é que, num contexto político diferente, nossas ações não ganhavam na mídia o mesmo espaço que ora encontram os atuais gestores. Mas gestão de saúde não deve (e não deveria) se misturar com picuinhas e transações políticas, sob pena de colocar em risco o resultado do trabalho.

Corroborando nossa assertiva, em relação à eficácia do trabalho realizado em nossa gestão (e nas gestões anteriores) os próprios dados divulgados nesta semana pela Secretaria Municipal de Saúde comprovam que, em virtude do trabalho silencioso e eficiente empreendido, o número de casos comprovados de dengue em Araguari foi infinitamente inferior aos números atuais. Senão vejamos: 2002 (60 casos), 2003 (04 casos), 2004 (nenhum caso), 2005 (24 casos), 2006 (76 casos), 2007 (25 casos), 2008 (144 casos), 2009 (382 casos), 2010 (596 casos). Dengue não se combate com saliva nem com holofotes, mas com ações planejadas e integradas entre as diversas áreas da administração pública.

Portanto, se a atual gestão tivesse se dedicado, de fato, ao trabalho, ao invés de se imiscuir em cabos de guerra com servidores e em negociatas com parlamentares, seguramente os resultados atuais não seriam tão alarmantes. Nos bastidores todos sabemos o que alguns atores fazem para se equilibrar na corda bamba e manter as benesses dos cargos.

Como não tenho procuração para falar em nome dos gestores da saúde que me anteceram, restrinjo minha análise ao período em que dei minha modesta contribuição ao município. Todavia, reitero aqui a manifestação de respeito a todos aqueles que me antecederam e dedicaram parte de seu tempo e de suas vidas à gestão da saúde do município. Sobretudo, merecem nosso reconhecimento. Afinal, somente quem ocupa tão espinhosa função sabe o peso do cargo.

Para clarear os fatos, deixo postados neste blog alguns registros fotográficos de ações empreendidas durante minha gestão, especificamente na prevenção contra a Dengue.

Lançamento da cartilha com orientações na prevenção
 contra a dengue, com escolas municipais.

 
Audiência pública sobre prevenção contra a dengue, realizada por uniciativa
conjuta da Secretaria de Saúde e Curadoria da Saúde do Ministério Público,
com a participação das secretarias de Serviços Urbanos e Educação

Registro de trabalho de campo da equipe de controle
e combate à dengue, juntamente com a TV Integração

Entrevista do secretário de saúde ao programa MGTV, da TV Integração,
passando orientações à população sobre medidas de prevenção contra a Dengue

Reunião entre Secretaria de Saúde e presidentes de associações
de moradores, para adoção de medidas preventivas contra a Dengue.

Reunião com presidentes de associações de moradores,
para discussão de medidas preventivas contra a Dengue