quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Hospital Municipal > SINOP-MT

MATO GROSSO-Publicação do Expresso MT de 08 de fevereiro de 2011 
 
 
O deputado estadual Dilmar Dal’Bosco (DEM) acompanha a comitiva do governador Silval Barbosa (PMDB), em Brasília, que logo mais, às 19h30, se reunirá com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para tratar, entre outros assuntos, da abertura do Hospital Municipal de Sinop.

“Sabemos que o governo estadual e a Prefeitura de Sinop não possuem recursos para equipar e manter essa unidade, que deve concentrar toda a demanda de saúde do Nortão. Por isso, vamos propor ao ministro que o Hospital Municipal seja administrado por meio de uma Parceria Público- Privada, um modelo de gestão que deu certo nos estados de São Paulo e Santa Catarina”, afirmou Dilmar.

Atualmente, a Parceria Público-Privada PPP, é o assunto em evidência nas administrações públicas de todo o País, principalmente no Governo Federal. Trata-se de um modelo mais avançado de contratação administrativa, onde a participação de investidores privados dão maiores garantias de retorno dos investimentos, flexibilização na execução do contrato, repartição de riscos etc.

Estas parcerias já deram certo na Inglaterra, México, Chile, Portugal e outros países, tendo sido investidos bilhões de dólares em projetos nas áreas de transporte (rodovias, ferrovias, aeroportos, portos), saúde (hospitais), segurança pública (prisões), defesa, educação (rede de escolas) e gestão de patrimônio imobiliário público. O fortalecimento dos hospitais regionais e também os Prontos Socorros de Cuiabá e Várzea Grande, a construção do hospital universitário, construção das UPAs e o fim das filas de cirurgias eletivas também serão discutidas com o ministro Alexandre Padilha.

NOVA GESTÃO - O novo modelo de gestão foi sugerido pelo ex-deputado estadual Dilceu Dal’Bosco (DEM), que em dezembro de 2009 apresentou um estudo comparativo ao então governador Blairo Maggi (PR). Neste documento, ficou provado que o gasto médio com internação em uma unidade pública é seis vezes maior que o tratamento realizado em unidades filantrópicas e privado.

No estudo, Dilceu apontou que, enquanto o governo destina, em média, R$ 7 mil, para internações no Hospital Regional de Sorriso, o mesmo atendimento feito no Hospital Santo Antônio (Instituição Filantrópica de Sinop) sai por pouco mais de R$1 mil, sendo que este tem ainda menor média de permanência e de mortalidade.

COMENTÁRIO DO BLOG: Hospitais construídos sem planejamento e sem estudo da viabilidade econômico-financeira, são eterna fonte de dor de cabeça. Mas rendem votos para o "pai" da criança...

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

“QUANDO MEU PAI CHEGAR...


(Artigo publicado em minha coluna semanal "Painel", no jornal Diário de Araguari, edição de 08.02.2011)
“QUANDO MEU PAI CHEGAR...”

Entre meados e final do ano de 1978 morei em Brasília, mais precisamente na sede da 3ª Brigada de Infantaria Motorizada, onde conclui o curso de formação de sargentos da arma de Comunicações. O rigor da caserna se materializava na pesada rotina diária, dividida entre estudos, treinamentos técnicos e físicos, e a escala de serviços tirando guarda na 6ª Companhia de Comunicações. Além, claro, da “ralação” necessária para moldar o corpo e o espírito.

Um fato relatado, certo dia, pelo diretor do curso, marcou para sempre minha memória, como exemplo de definição de limites e separação entre questões institucionais e particulares.

Segundo o relato, certa noite a polícia militar flagrou um grupo de jovens disputando um “racha”, como são chamadas as famosas corridas de carro no perímetro urbano.  Alguns dos rapazes foram detidos e levados para a delegacia de polícia. Porém, como em Brasília o risco de trombar com parente de figurão é sempre considerável, um dos jovens se arvorou em desacatar os policiais, se apresentando como filho de um coronel do Exército. Xingando os policiais e o delegado, o jovem dizia algo parecido com “quando meu pai chegar aqui, vocês verão o que vai acontecer”.

O delegado telefonou para a residência do coronel e lhe informou o ocorrido, relatando inclusive as ofensas e “ameaças” do filho, por conta da patente do pai. Algum tempo depois, chega à delegacia de polícia o coronel. Vestido com a farda verde oliva de campanha, com o cinto NA (um tipo de cinto largo, de aproximadamente 5 cm de largura, com ilhoses para fixação de acessórios como o coldre da pistola, cantil, etc).

Após ouvir novamente o relato do delegado sobre a atitude de seu filho, que desacatara e ameaçara as autoridades policiais, por conta da patente militar do pai, o coronel não se fez de rogado... Tirou o cinto NA e aplicou uma surra no filho, dentro da delegacia e na presença das autoridades que ele havia desacatado. E sentenciou: “Você nunca mais usará meu nome ou minha patente para justificar erros seus e nem para desacatar quem quer que seja.”

De lá para cá, os costumes mudaram. E a falta de respeito e de limites ganharam proporções fenomenais...

Boa semana.