Em artigo publicado na edição de maio de 2003 da revista Superinteressante, Marta Barbosa teorizou sobre uma (impossível e questionável) privatização dos municípios.
http://super.abril.com.br/cultura/se-privatizassemos-municipios-443839.shtml
Tomado apenas como exercício dialético, o artigo trouxe no bojo uma série de 12 mandamentos para o "gerente da cidade", figura sugerida pela autora e personificada por um profissional em gestão empresarial, contratado para auxiliar os prefeitos neófitos em administração, substituindo as costumeiras indicações por critérios exclusivamente políticos, sem substância técnica para os cargos.
À guisa de curiosidade, vale a pena ler os tais 12 mandamentos (estes sim, nada impossíveis nem questionáveis) e que deveriam ser cumpridos pelos próprios prefeitos, vices e secretários, sem necessidade de onerar o Erário.
Os 12 mandamentos
A cartilha de princípios de um gerente de cidade
1. Visarás a um governo local eficiente e democrático e acreditarás que a gestão profissional é essencial para atingir esse objetivo.
2. Buscarás a dignidade e o valor dos serviços prestados pelo governo e manterás uma atitude construtiva, criativa e prática em relação aos assuntos do governo.
3. Devotar-te-ás aos ideais de honra e integridade em todos os relacionamentos públicos e pessoais.
4. Não te esquecerás de que a principal função do governo local é sempre servir aos interesses da população.
5. Apresentarás propostas de política pública aos representantes eleitos e os municiarás com informações e conselhos para auxiliá-los na tomada de decisões.
6. Reconhecerás que estabelecer as políticas do governo compete aos representantes eleitos; aos gerentes caberá a responsabilidade pela execução dessas políticas.
7. Abster-te-ás de atividades políticas que possam minar a confiança do público nos administradores profissionais.
8. Considerarás como um dever permanente a busca da capacitação profissional e da competência no uso de técnicas de gestão.
9. Manterás a comunidade informada sobre os assuntos do governo; estimularás a comunicação entre os cidadãos e os membros do governo; priorizarás um serviço público amigável e cortês; e buscarás a melhoria da qualidade e da imagem do serviço público.
10. Resistirás a qualquer abuso das responsabilidades profissionais e tratarás cada problema sem discriminação, baseando-te na lei e na justiça.
11. Tratarás os assuntos de recursos humanos de forma que a justiça e a imparcialidade governem as decisões relativas a nomeações, promoções e disciplina.
12. Não solicitarás favores; estarás ciente de que é desonesto obter lucro ou enriquecimento pessoal com informações confidenciais ou com o uso indevido do tempo público.
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