sábado, 14 de maio de 2011

Doenças não transmissíveis causam 2/3 das mortes no mundo

http://www.correiodeuberlandia.com.br/cidade-e-regiao/doencas-nao-transmissiveis-causam-23-das-mortes-no-mundo/
Agência Brasil

Doenças não transmissíveis como o acidente vascular cerebral (AVC), conhecido como derrame, os problemas cardíacos, o diabetes e o câncer são responsáveis por dois terços das mortes que ocorrem mundialmente todos os anos.


Fatores de risco

A conclusão está no estudo denominado Estatísticas de Saúde Mundiais 2011, divulgada ontem, em Genebra, na Suíça, pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Porém, os especialistas advertem que, além das doenças crônicas e contagiosas, há também fatores de risco que contribuem para aumentar o número de mortes no mundo. Os fatores de risco citados são o tabagismo, o sedentarismo, a má alimentação e o uso de abusivo de álcool. De acordo com os dados, quatro em cada dez homens e uma em cada 11 mulheres fumam. E um adulto em cada oito é obeso.

Morte no parto

Os especialistas também se preocupam com as mortes das mães durante a gravidez ou em decorrência do parto. Os últimos dados mostram que houve uma redução significativa. A mortalidade materna diminuiu em 3,3% por ano, desde 2000. O número de mulheres que morrem em consequência de complicações durante a gravidez e do parto diminuiu de 546 mil em 1990 para 358 mil em 2008.

“[O estudo por meio dos dados] mostra que não há país do mundo que possa tratar a saúde sob qualquer perspectiva apenas sob o prisma de uma doença infecciosa ou de uma doença não transmissível. Cada país deve desenvolver um sistema de saúde que atenda a toda a gama de ameaças”, disse o diretor do Departamento de Estatísticas de Saúde e Informática da OMS, Ties Boerma.

O estudo Estatísticas de Saúde Mundiais é um relatório anual, elaborado com base em mais de 100 indicadores de saúde transmitidos à OMS pelos representantes dos 193 países que integram o órgão. O objetivo é preparar uma análise global a partir de situações específicas e buscar, com o apoio das agências vinculadas às Nações Unidas e os demais parceiros, a melhoria dos sistemas de saúde.

Comentário do blog:

A Epidemiologia é (ou deveria ser) o ponto de apoio para a elaboração de políticas públicas de saúde, voltadas especialmente para ações de promoção da saúde e prevenção contra doenças. Compete ao poder público, em suas diversas instâncias, fazer a opção pelo modelo de gestão que pretende adotar em relação à saúde coletiva. Sem planejamento, a gestão da saúde pode se tornar uma torre de babel, priorizando a doença e mantendo o discurso vazio e ineficaz.

Nenhum comentário: