quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Em Uberlândia, Secretaria de Estado da Saúde discute hospitais regionais

26/10/2010 18:25
Seminário debate modelo dos novos hospitais macro regionais do estado
Créditos: Priscilla Fujiwara

Com o objetivo de discutir a modelagem dos novos hospitais macrorregionais, aprimorar as ações de média a alta complexidade na rede, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SESMG) promoveu nesta terça-feira (26/10), o I Seminário Estadual de Políticas e Ações Hospitalares – Expansão dos Hospitais Macrorregionais, em Uberlândia no Triângulo Mineiro. Participaram representantes da SES, gestores e profissionais de saúde de Belo Horizonte, Divinópolis, Sete Lagoas, Uberaba, Juiz de Fora e Uberlândia, cidades que o Estado tem parceria para a expansão da rede hospitalar.


No destaque, o secretário municipal de saúde de Uberlândia, Gladstone Rodrigues da Cunha
durante pronunciamento do secretário de estado da Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques

Os principais temas debatidos no encontro foram: “Estratégias na Atenção Hospitalar”, “Os Hospitais nas Redes de Atenção à Saúde”, “Ações Inovadoras na Atenção Hospitalar” e “A Modelagem do Hospital moderno”.

Segundo o Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Antônio Jorge de Souza Marques, “não adianta expandir os leitos, é preciso amparar e qualificar a modelagem da assistência à saúde”. Cada município irá receber, até 2012, um novo hospital regional, essas cidades são pólos de macrorregiões e funcionam como referências de atenção terciária. No total, serão investidos, aproximadamente R$ 400 milhões, pelo estado, agrupados com mais recursos municipais. Em Belo Horizonte será investido R$ 190 milhões no Hospital Regional do Barreio; em Juiz de Fora serão R$ 42 milhões no Hospital Regional de Urgência e Emergência; em Divinópolis são R$ 36 milhões. Em Sete Lagoas serão R$ 37 milhões no Hospital Regional de Sete Lagoas e em Uberaba, R$ 20 milhões.

O Secretário Antônio Jorge também enfatizou a gestão de qualidade e de resultados na assistência à saúde, que o Pro-Hosp já vem incentivando com a certificação hospitalar, “temos que promover a qualidade, incorporar novas práticas de governança, que é o eixo da atual política pública de saúde em Minas Gerais”, pois segundo o secretário os arranjos organizacionais influenciam o desempenho hospitalar. “No Brasil, 30% dos casos de internações poderiam ter sido tratadas em ambulatórios”. Ele destacou também a importância da implementação adequada com a formatação de mecanismo de monitoramente e avaliação que promovam aprendizado, transparência e responsabilização, “o desafio é um novo papel do Estado, de uma nova gestão pública. Para fortalecer o monitoramento e o acompanhamento de contratos é preciso novos modelos de informação”.

Gestão de qualidade

O Secretário também pontuou a importância da profissionalização da gestão, o fortalecimento de estratégias de racionalização da oferta hospitalar, com a definição do perfil do hospital e a instalação de leitos resolutivos por meio do adensamento tecnológico.

Para que todos os pontos fundamentais gerem excelência na assistência hospitalar, o planejamento é fundamental, explicou Maria Emi Shimazaki, consultora da SES MG, que apresentou um roteiro para a modelagem na construção de um hospital. Alguns dos pontos levantados foram: a importância do papel na rede de atenção, diagnóstico local, programação assistencial e de custeio, para chegar à viabilidade financeira.

Mas somente a construção de hospitais não é suficiente para uma saúde pública de qualidade, a base da qualidade da gestão hospitalar é a Atenção Primária, como afirmou o secretário de saúde de Uberlândia, Gladstone Rodrigues da Cunha, “muitos problemas da assistência à saúde podem ser resolvidos na atenção primária, não administramos achando que não há uma demanda de leitos, ela existe e é real, não temos a pretensão de resolvê-la, mas atenuar”.

É uma lógica de sistemas que precisa ser reformulada, o hospital não pode ser tratado de forma individualizada, ele faz parte de uma rede, alertou a Subsecretária de Políticas e Ações de Saúde da SESMG, Helidéa de Oliveira Lima. Em Minas Gerais, ainda segundo a subsecretária, foram beneficiados 127 hospitais pelo Programa de Fortalecimento e Melhoria de Hospitais. São 36 Hospitais Macrorregionais, referências de atenção terciária e 91 microrregionais. É importante também uma gestão regional, afirmou o diretor da Gerência Regional de Saúde de Uberlândia,Daltro Catani Filho, “a estrutura em rede precisa ser integrada não somente no município em que o hospital está localizado, mas também com os outros da região, no seu entorno atuando como referência”

Uberlândia foi escolhida para a realização do Seminário, pois irá inaugurar o Hospital e Maternidade Municipal Dr. Odelmo Leão Carneiro, construído com investimentos de R$ 20 milhões do Estado para a infra-estrutura e R$ 15 milhões para os equipamentos. Terá também uma ajuda de custeio anual de R$ 18 milhões. O município de Uberlândia ressalta a importância da parceria do Estado e dos Municípios para fortalecer a rede, como apontou o prefeito de Uberlândia, Oldemo Leão, que acompanha as obras diariamente, “quando nós determinamos a elaboração deste projeto, eu disse que queria fazer o melhor hospital público do Brasil, em parceria com o governo do Estado. E para que isso pudesse acontecer, teríamos que ter as últimas tecnologias que existem no sistema de saúde”. As tecnologias estão na infra-estrutura, arquitetura e modelo de gestão.

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Autor: Priscilla Fujiwara

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